O chimarrão vem ganhando adeptos no mundo todo
A cultura do chimarrão é largamente difundida pelo mundo todo. Contudo, é indiscutível sua forte imagem associada junto aos gaúchos. Caubóis do Rio Grande do Sul, comumente chamados de “gaudérios”.
E não é só nos pampas que o chimarrão acompanha a vida das pessoas, o hábito de ter sempre um chimarrão por perto é comum no dia-a-dia de muitos. Ao acordar ou ao chegar ao trabalho, para relaxar sozinho ou enquanto a família se reúne e conversa. Não há nada no mundo que represente a paz de espírito que existe em beber um mate.
O chimarrão é consumido em qualquer momento e em todas as estações do ano. No verão, quando faz calor, o mate tem um efeito térmico, regulando a temperatura interna fazendo com que o corpo não sofra tanto com o calor do ambiente. Já nos dias mais frios, é indispensável como aquecedor de mãos e coração.
Não é raro ver uma série de especiarias combinadas junta ao mate, onde geralmente se usa mel, cascas de frutas, pimentas, chás… Essas variações só podem ser adicionadas ao mate, ou “mate doce”. Isso porque o chimarrão só é considerado chimarrão se for feito de uma maneira específica e servido quente em uma cuia. Enquanto o mate se mostra mais versátil podendo ser servido em uma xícara, uma garrafa ou até mesmo gelado (conhecido como Tereré). A cultura do chimarrão é uma cultura artesanal.
Exatamente por isso, o chimarrão não é cômodo. Preparar a infusão continua requerendo um elaborado ritual. Dessa forma, não é regra que todo gaúcho possua habilidade nessa arte. Mas uma coisa é certa: Os gaúchos que saem a morar em outros estados do Brasil ou no exterior tendem a realçar mais seu “gauchismo”, como forma de auto-identificação.
A poesia de sorver o chimarrão acalanta uma melancolia de quem está distante dos pagos gaúchos.